sábado, 26 de abril de 2014

Marshall McLuhan

               O professor canadense de literatura, Marshall McLuhan, fez uma abordagem polêmica e inédita dos meios de comunicação, tornando-se um dos grandes teóricos da área. Mesmo sendo questionado por outros teóricos da comunicação, McLuhan continua sendo revisitado por estudiosos.
                  Um dos teóricos que questionaram o pensamento mcluhiano, foi Umberto Eco. Uma das ideias postas em dúvida pelo italiano foi a afirmação "o meio é a mensagem". Para Eco ninguém controla o modo como o destinatário usa a mensagem, salvo em casos raros e que McLuhan não fornece respostas às questões das mensagens veiculadas pelos meios de comunicação e o poder que eles têm.
                Um conceito de McLuhan é o dos meios de comunicação como extensão do homem. Segundo ele, os meios seriam como próteses do corpo humano, precisamos deles para suprir necessidades. Um exemplo é o da relação de dependência que a sociedade atual tem com a Internet e artefatos como smartphones. Além disso, os meios de comunicação configuram nossas relações sociais. Em nosso cotidiano, falamos sobre as atrações da televisão, por exemplo.


                  Sobre "O meio é a mensagem", nesse conceito McLuhan focaliza a forma como uma mensagem é construída em um meio. E a mensagem de um meio é outro meio: a da escrita é a fala; a da imprensa é a linguagem escrita; a do telégrafo é a palavra impressa.
                    McLuhan divide os meios de comunicação entre quentes e frios. Meios quentes são aqueles que prolongam um sentido humano em alta definição (com alta saturação de dados). O rádio, a fotografia e o cinema são exemplos de meios quentes. Já os meios frios são os que têm baixa definição e, portanto, exigem que os receptores preencham o enunciado. São exemplos de meios frios o desenho animado, o telefone e a TV (deve-se considerar que na época em que essa ideia foi proposta, a imagem da TV tinha muito menos definição do que hoje). Atualmente, podemos considerar a TV como um meio quente. As imagens são ricas em detalhes, principalmente em programas transmitidos em alta definição. Nas novelas, por exemplo, conseguimos ver detalhes dos rostos dos atores: marcas de expressão, rugas, se há excesso de maquiagem ou de procedimentos estéticos. O mesmo se pode dizer de filmes e séries de TV que abusam dos efeitos especiais: não nos deixam margem pra imaginação, os efeitos são muito realistas. Em comparação com a TV e o cinema, o rádio hoje é um meio frio. Precisa de uma linguagem nítida, para que o ouvinte veja a cena relatada pelo locutor.
                    O conceito de Aldeia global expressa bem o mundo do século XXI. As transformações tecnológicas possibilitaram que pessoas de diferentes locais compartilhassem os mesmos produtos culturais. Assim, o homem voltou a se encontrar em uma aldeia tribal (local que partilha a mesma cultura), mas em escala planetária: a aldeia global. As redes sociais exemplificam bem isso em dias de premiação. Eventos como o Oscar, que acontece nos Estados Unidos, são comentados por pessoas de diferentes partes, que assistem à premiação pela TV ou pela Internet. Uma festa americana que repercute em diversas partes do mundo.
Aldeia global: Selfie do Oscar - o conteúdo mais compartilhado da história do Twitter é assunto na imprensa internacional
                                                                     

          

2 comentários:

  1. Oi, Igor! Você apresenta alguns dos principais conceitos trazidos pelos estudos de McLuhan e os exemplifica de uma boa forma. Contudo, penso que você poderia explicar melhor o quê Umberto Eco critica (já que o fato é citado sem contextualização), além de falar um pouquinho mais sobre os meios quentes e frios. Você diz que a TV tinha menos definição na época em que McLuhan escreveu sobre; e hoje? Como analisar se ela é quente ou fria? Acredito que isso rende uma breve discussão!

    No mais, parabéns pelo post! :D

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  2. Atenção para os erros de português:

    "Um dos teóricos que questionaram o pensamento mcluhiano, foi Umberto Eco." - antes de foi não se coloca vírgula;

    "Para Eco ninguém controla o modo como o destinatário usa a mensagem, salvo em casos raros e que McLuhan não fornece respostas às questões das mensagens veiculadas pelos meios de comunicação e o poder que eles têm." - depois de Eco e raros, coloca-se vírgula;

    "Segundo ele, os meios seriam como próteses do corpo humano, precisamos deles para suprir necessidades." - não é "deles" e sim "delas", pois se refere a próteses.

    Você fez as alterações necessárias, o que enriqueceu o post! :)

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